Nesta segunda-feira (5/6), os ministros Geraldo Alckmin e Fernando Haddad fizeram um importante anúncio. Eles deram início a um programa temporário que visa reduzir os preços dos automóveis e incentivar a renovação da frota de caminhões e ônibus com mais de 20 anos de uso. O programa oferece descontos diretos ao consumidor, uma ótima oportunidade para quem busca adquirir um veículo novo.
Essa iniciativa é resultado de uma colaboração entre o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e o Ministério da Fazenda. O MDIC foi responsável pelo planejamento do programa, enquanto o Ministério da Fazenda cuidou dos aspectos fiscais e estruturais.
Para garantir o sucesso do programa, serão destinados recursos significativos. Um total de R$ 1,5 bilhão será disponibilizado, sendo R$ 500 milhões direcionados aos automóveis de passeio e R$ 1 bilhão destinado à substituição de ônibus e caminhões. Essa alocação de recursos demonstra o comprometimento do governo em impulsionar a renovação da frota e estimular o setor automotivo.
Essa iniciativa é uma excelente oportunidade para os consumidores adquirirem veículos novos a preços mais acessíveis, além de contribuir para a modernização e renovação dos meios de transporte.
O programa em questão desempenha um papel crucial ao impulsionar o mercado automotivo e garantir a continuidade da cadeia de produção, a qual é responsável por gerar 1,2 milhão de empregos diretos e indiretos. Além disso, uma das suas contribuições significativas é a promoção da circulação de veículos menos poluentes, beneficiando assim o meio ambiente.
Vale ressaltar que esse programa terá uma duração limitada e está sendo implementado com o propósito de mitigar a crise enfrentada por um setor que representa 20% do PIB da indústria de transformação e que atualmente possui metade da sua capacidade produtiva ociosa.
De acordo com Alckmin, o objetivo desse programa de incentivo é revitalizar um dos setores mais relevantes da indústria brasileira.
“A indústria automobilística é responsável por 20% da produção manufatureira no Brasil, gerando mais de 1,2 milhão de empregos. No entanto, atualmente enfrenta uma ociosidade de 50%. Nós compreendemos que essa é uma medida transitória”, explicou o vice-presidente. “Lembro-me quando comprei meu primeiro carro: foi parcelado em 48 vezes. Posteriormente, troquei-o também em 48 parcelas. Hoje em dia, mais de 70% dos veículos são vendidos apenas à vista, o que dificulta as vendas.”
Assim, esse programa visa estimular a retomada do dinamismo nesse setor crucial da indústria brasileira, que desempenha um papel fundamental na economia do país.
Desconto e crédito tributário
O desconto será direto ao consumidor. No caso dos carros, o desconto vai de R$ 2 mil a R$ 8 mil; nos caminhões e ônibus, de R$ 33,6 mil a R$ 99,4 mil. Tais valores serão abatidos no momento da compra junto à concessionária.
O valor que a concessionária deixar de receber será coberto pela montadora, que reverterá o montante em crédito tributário. Tal crédito poderá ser usado para pagar tributos ou fazer abatimentos em declarações futuras.