• 29/04/2024

Compreender com precisão os custos envolvidos na fabricação de um produto da sua empresa ou no fornecimento de um serviço é essencial, e isso requer uma compreensão sólida dos conceitos de custos diretos e indiretos. Esse conhecimento é fundamental para aprimorar a gestão de custos das organizações, o que por sua vez mantém a competitividade no dinâmico mercado atual.

Ao calcular minuciosamente os custos de produção, torna-se possível determinar os gastos unitários e, consequentemente, estimar com precisão o preço final. Adicionalmente, ao categorizar os diferentes tipos de custos, é possível identificar onde a empresa pode estar cometendo equívocos ou despendendo recursos excessivos, permitindo assim a realocação inteligente de recursos. Em última análise, essa compreensão detalhada dos custos atua como um diferencial significativo no contexto das vendas.

Com base nessa premissa, elaboramos este artigo para destacar as principais implicações dos diversos tipos de custos na formulação do preço final de produtos e serviços. Ao acompanhar este conteúdo, você estará apto a aprofundar seu entendimento sobre custos diretos e indiretos, bem como custos fixos e variáveis, capacitando-se a otimizar os resultados da sua empresa de forma substancial.

Quais são os tipos de custos?

Todas as despesas relacionadas à fabricação de produtos ou à prestação de serviços são agrupadas como custos. Esses custos podem ser classificados de acordo com sua natureza em custos diretos e indiretos, que estão associados à facilidade ou dificuldade de atribuir um valor específico, ou em custos fixos e variáveis, os quais se relacionam com a variação de volume que produtos ou serviços podem experimentar. Vamos analisar com mais detalhes!

Custo direto

Quando é possível determinar claramente o custo de um produto, ele é designado como custo direto. Essa designação deriva do princípio de que esse gasto está intrinsecamente ligado ao resultado final, sem a necessidade de alocações complexas. A mão de obra direta e os materiais essenciais para a produção ou prestação de serviço são exemplos de custos diretos.

Esses custos são lançados diretamente nas contas dos produtos. O cálculo do custo direto unitário envolve a contabilização do consumo de materiais e do tempo de trabalho individual de cada colaborador. Assim, a soma dos custos de horas trabalhadas e dos insumos é dividida pela quantidade produzida no período correspondente.

Custo indireto

Custos indiretos representam valores que são mais complexos de serem atribuídos, como despesas de água e eletricidade para a produção de cada unidade. Nesses casos, é adotado um método de alocação, conhecido como rateio. Em outras palavras, começamos por estabelecer um valor aproximado para calcular o custo de produção de cada unidade. Por exemplo, podemos incorporar o total gasto com as contas de uma fábrica de calçados durante um mês e distribuí-lo proporcionalmente por cada par de sapatos produzido nesse período.

Custo Fixo

Este tipo de custo representa despesas recorrentes, ocorrendo mensalmente, e não está diretamente ligado à quantidade de vendas do produto ou serviço prestado em um determinado mês. Apesar de ser um custo constante a cada mês, é importante destacar que esse valor não é inalterável.

Para ilustrar, podemos mencionar como custos fixos o aluguel do espaço do empreendimento, o aluguel de máquinas e os salários dos funcionários. Por exemplo, se uma empresa que produz calçados vender mil pares em um mês e, no mês seguinte, vender apenas 400 pares, os custos como aluguel, máquinas e salários permanecerão constantes, pois não são afetados pela quantidade de produção ou vendas.

Custo Variável

Este tipo de custo flutua em relação à quantidade de vendas de mercadorias ou serviços. Variações incluem despesas como matéria-prima, impostos e insumos de produção. Existe uma correlação direta entre custo variável e vendas, ou seja, os gastos aumentam à medida que a quantidade de produtos vendidos ou serviços prestados pela empresa cresce.

Vale mencionar que esse tipo de custo pode ser esporádico, podendo não se aplicar em alguns meses se não houver vendas ou prestação de serviços. Portanto, cada organização pode adotar sua própria metodologia de cálculo.

Uma abordagem simples para contabilizar o custo variável é somar todas as despesas com insumos, matéria-prima e impostos durante um período definido e dividir pelo volume de produção. Além disso, se a empresa tiver trabalhadores terceirizados ou que sejam remunerados por horas trabalhadas, o valor dos salários deles também deve ser considerado nesse cálculo.

Como saber os custos dos produtos?

O ponto de partida fundamental no planejamento empresarial e na gestão de custos diretos e indiretos envolve a compreensão de dois conceitos essenciais nos setores industriais e comerciais. São eles:

  • CMV (Custo das Mercadorias Vendidas): Notadamente relevante no comércio, este conceito abrange a aquisição de bens destinados à revenda.
  • CPV (Custo do Produto Vendido): Principalmente aplicado na indústria, este indicador utiliza variáveis como despesas gerais de fabricação e os custos associados à matéria-prima e à mão de obra.

Vale ressaltar que tanto o CMV quanto o CPV não englobam custos relacionados a produtos mantidos em estoque ou a serviços ainda em progresso. Portanto, é imperativo compreender que eles só entram em cena no contexto de uma venda consumada ou na finalização de um serviço.

Paralelamente a esses conceitos, é fundamental criar uma ficha técnica específica para cada produto, a fim de identificar o CPV. Essa ficha técnica deve englobar informações detalhadas sobre todos os componentes do produto, incluindo as quantidades utilizadas na fabricação.

Com a ficha técnica em mãos, o próximo passo é calcular a margem de contribuição. Para isso, os valores de todos os componentes e os gastos associados à mão de obra são somados para determinar o custo total por produto. Esse resultado permite uma avaliação criteriosa da adequação da precificação do seu serviço ou produto.

Quais são os métodos de custeio?

Para fortalecer a análise abrangente dos custos diretos e indiretos, bem como do preço final de produtos ou serviços prestados, é crucial estabelecer um método de alocação de custos específico para a empresa. Um método frequentemente empregado é o de custeio variável, amplamente aplicável tanto na indústria quanto no comércio. Nesse enfoque, são minuciosamente avaliadas as quantidades de matéria-prima necessárias para produzir uma unidade, levando em consideração os custos diretos e as variações de custos.

Outra abordagem é o método de custeio por absorção, o qual considera apenas os produtos vendidos ou os serviços já executados. Esse método incorpora todos os custos de produção para calcular o preço unitário do produto.

Portanto, a compreensão das distinções entre custos diretos e indiretos, bem como entre fixos e variáveis, é fundamental durante a etapa de definição de preços. Quando essa análise é realizada de forma precisa, a categorização dos gastos da empresa pode consideravelmente aprimorar o planejamento e a gestão de recursos.

O preço final da mercadoria ou do serviço é então estabelecido de maneira segura e equilibrada, o que garante a competitividade do seu negócio e facilita um controle contábil preciso para o futuro.

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